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quinta-feira, 30 de novembro de 2006

Pedaços de mim...

Havia um sonho
Uma paixão incontida
Num desejo de viagem
Atravessar os mares...
No despertar,
um naufrágio
Uma saudade
Uma dor
Fragmentos,
Pedaços de mim ...

segunda-feira, 20 de novembro de 2006

Mirando-me...

Por mais que o tempo passe
não te esquecerei
Posso viver outros amores
desfrutar novos sabores,
mas não como o que me faz morrer por ti
lentamente
a cada por de sol
a cada espera...

Morrer
e renascer cada manhã

num fio de esperança, um talvez...
Posso seguir em meus dias
mas tua ausência é perene
Por mais que me perca em outros braços
os teus ainda povoam meus sonhos
em delírios que me queimam
e me arranham a alma
Às vezes, me apetece voltar no tempo
quando teus pés não me pisavam o coração
e eu era um corpo inerte
sem dor
mirando os dias a correr, indiferentes
Hoje miro o horizonte
e o espaço de tua ausência me devora
Estendo as mãos no vácuo
numa prece silenciosa
fecho os olhos...
e me vens numa miragem
Adormeço na sombra da ilusão
de que estás aqui....

domingo, 12 de novembro de 2006

Estás aqui...

Há braços que me envolvem
em carícias doces
Mas não são os teus...

Há mãos que me apertam
E marcam-me a pele
Mas não são as tuas...

Há lábios vorazes
que procuram os meus em ânsia ardente
Mas não são os teus...

Há um corpo sedento de amor
Que me envolve e domina
Mas não és tu...

Há um mergulhar de amor em suspiros profundos
que os olhos me fecham
Mas não estás aqui...

Há angústia no tormento
De beijos e afagos que não querem ser
Por não estar contigo...

Há um calor ardente dentro do meu peito
Que te busca e aceita
Mesmo não estando aqui

Pois neste louco amor
Faço-te meu...em mim...
E tu...
Estás aqui !

Este poema não é de minha autoria, mas tem

uma importancia fundamental em minha vida...

domingo, 5 de novembro de 2006

Um dialógo...

Me dissestes:
-Vejo tudo de voce, e te imagino mas não posso te tocar...
Perguntei:
-Por quê não nos esquecemos?
Me respondestes:
-Não consigo, mas se tu queres; que remédio tenho eu ...
-Também não consigo te esquecer...
-Me amas de verdade?
-Sempre te amei, mas para ser feliz precisava de ti ao meu lado.
-Então, ficamos assim:
-Eu aqui pensando em ti e tu aí pensando em mim...
Até quando?...
Me dissestes:
-O amor morre se não o alimentarmos todos os dias...
-Eu sei...
-O nosso ainda é uma minúscula plantinha
brotando no meio do nada.
Por quê será que ainda não morreu?
Não temos lhes dispensado os cuidados necessários
pois se encontra “fora” do alcance de nossas mãos.
Então por quê se mantém vivo? Por quê não definha
de vez até secar...virar pó e ser levado pelo vento?
Quanto ao remédio, deve haver algum... (alguém...)
acho que entendes mais de paliativos do que eu...
é tua área, mas, suponhamos que o amor seja como
um câncer que corrói por dentro...teria cura?
E se estiver sendo alimentado pelo silêncio das
palavras presas na garganta,dos gestos contidos
pelo vácuo ou pelos olhares perdidos no horizonte,
com um tênue fio de esperança...